Fui a Marrocos em Abril. O vôo foi pela Ryanair, custou setenta euros. Saído de Madrid entrei por Tanger para depois seguir de camioneta para Chefchaouen. Ainda antes de o avião levantar vôo já se notava o regatear e algazarra tipico do povo Marroquino, alguns dos passageiros marroquinos recusavam-se a sair de sair dos lugares reservados, suponho que à tripulação. Enquanto isso o piloto ia avisando pelo sistema de som que se não se sentavam ía perder o slot de vôo e nos íamos atrasar. À chegada ainda mal as rodas tinham tocado no chão a maior parte dos passageiros marroquinos levantaram-se e agarram nas malas, não sei onde queriam ir, mas esperaram tanto como quem ficou sentado.
Algum caminho a pé, de taxi e três horas de camioneta e estávamos chegados a Chefchaouen, Um vila incrustada nas montanhas com uma zona antiga, ou medina como se chama em Marroquino, que parece saída de um filme de fantasia. Quase todas as paredes e grande parte do chão estam pintadas de azul, um azul que varia entre o turquesa e o bebé.
Ficámos no Guernica, um bonito hostel gerido por um espanhol, chegámos guiados por um guia adolescente local que não tinhamos requisitado, vim a descobrir que isto era o normal, quando alguem é simpatico espontaneamente em Marrocos é de desconfiar, levou-nos às voltas pela vila para tentar justificar o dinheiro que ia pedir no fim e para pelo caminho tentar vender hachixe, tapetes e quarto no hostel do primo.
Chefchaouen é uma vila pacata onde não se passa muito, bebe-se chá e vê-se as vistas, a comida é boa e os restaurantes são baratos, tudo é feito com ingredientes fescos e baratos o que é uma agradavél mudança para um europeu da cidade.
A parte antiga, ou medina, de Fez é uma gigante cidade mercado consevada no tempo desda idade média. As ruas são estreitas e retorcidas, com cheiro intenso a peles a curtir e excrementos de todos os animais que por ali há, as mecadorias são tranportadas por mulas, cabeças de camelo e de cabra jazem penduradas nos talhos, e tudo se regateia, claro.
Encontrar um quarto em Fez não é fácil, fomos arrastados por vários quartos particulares de aspecto e odor suspeito cujos guias não requisitados insistiam que eram hotéis, lá nos fartámos e decidimos procurar sozinhos um que o nosso livro-guia recomendava. Uma riad bastante luxuosa ainda que de gosto suspeito, talvez fosse bom gosto no cultura local.
Ao terceiro dia decidimos visitar o novo-Fez, a parte moderna da cidade. A diferença é abismal, novo Fez não tem nada de medieval, não há mulas nem tapetes pendurados em cada esquina, é uma cidade razoávelmente cosmopolita com pessoas vestidas de forma elegante e cafés cheios de gente a beber chá, faz lembrar um Portugal de há umas decadas atrás, tudo é muito sóbrio e com um aspecto conservador.
A viagem de volta a Tanger não foi particularmente agradável, com uma gastroentrite cada uma das 6 horas passadas na camioneta parecia durar muito mais. O que me consolava era o pensamento da aragem fresca de uma cidade junto ao mar. Assim era, Tanger não tem o cheiro sufocante das cidades interiores de Marrocos. Um ex-forte Portugês domina o centro da cidade antiga, de vistas viradas ao estreito de Gibraltar por aqui passaram várias potências maritimas europeias com intenções de dominar a entrada de navios no mediterraneo.
Marrocos é um pais bonito e pitoresco algo adormecido no tempo. As pessoas são geralmente simpáticas quando não querem vender nada. Espero voltar um dia com tempo para visitar o deserto.
Artigo escrito por: João Costa
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